quarta-feira, 25 de maio de 2011

Brasil Afora: inspirado em uma tribo, Serrano busca seu espaço na Bahia


mascote serrano (Foto: Divulgação) A tribo indígena mongoió habitou a região de Vitória da Conquista (BA), a 527 km de Salvador, no século XVIII, antes da colonização portuguesa. Conhecida pela resistência diante da dominação lusa, a tribo foi dizimada em uma festa organizada pelos portugueses. Os mongoiós foram chamados a festejar suposta trégua, e, depois de consumirem bebida alcoólica, foram cercados por soldados, que mataram quase todos os presentes, inclusive mulheres e crianças. O episódio ficou conhecido como “O Banquete da Morte”. Mas quais semelhanças essa triste história guarda com a alegria espontânea do futebol?

Inspirada na bravura e na resistência dos mongoiós, a diretoria do Serrano Sport Club, de Vitória da Conquista, adotou o índio como mascote e tirou o time de um longo ostracismo. A equipe, fundada em dezembro de 1979 pelo empresário do ramo de confecções Nelivaldo Pereira Sá, é a mais tradicional da cidade. O atual diretor, Kléber Avelino, que em 2008 entrou com o grupo que começou a tentar tirar o clube de má situação financeira, tem relação antiga e curiosamente próspera com o Serrano. Em 1992, ele cursava matemática na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Nos intervalos das aulas, vendia cachorro-quente. Nos fins de semana, os jogos da equipe enchiam o Estádio Lomanto Júnior. Kleber viu ali a oportunidade de faturar mais.

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